Interfaces e Mediações: o reconhecimento da profissão do Historiador e as disciplinas Pedagógicas na formação do Professor/Historiador



 São várias as discussões a respeito da necessidade de refletir a importância das disciplinas pedagógicas na formação do professor-pesquisador face o processo de regulamentação da profissão de historiador. Pretende-se estabelecer o dialogo entre Historia e Educação, tomando como objeto de estudo o Ensino de Historia e a Formação do Historiador, especialmente em aspectos do universo que lhe são constitutivos: programas curriculares, prática docente, capacitação docente, dentre outros e as respectivas inquietações que geram não só na cabeça dos docentes, mas especialmente nas dos docentes de História, a importância, utilidade e relevância dos debates pedagógicos para a formação do egresso, cujas inquietações, que parafraseando Shiavinatto, resultam “de um incomodo mesmo, uma coisa para a qual não tenho resposta, mas que gostaria de tentar nomear”. Esse incômodo é o próprio exercício docente, especialmente o fazer-se do Ensino de História, pois, como assinalava Silva, “em relação ao ensino de historia, é preciso discuti-lo também a luz das novas condições da sociedade contemporânea.
Mesmo sem uma definição e reconhecimento legar da profissão de historiador, dilema esse outrora vivenciado em varias partes do mundo e em seus diversos momentos, é mister para cada um dos que lidam com as interfaces de Clio priorizar em suas práticas o exercício do ofício de formação que se esta recebendo e ter a consciência de seu campo.
Certamente que essas indefinições expressam bem a dificuldade e intersubjetividade de tratar de um projeto de formação profissional, cujo exercício ainda tramita nas instancias legais pela regulamentação, cuja luta histórica se estende desde o imediato pós-Segunda Guerra Mundial, como resposta às crescentes demandas dos trabalhadores pelo reconhecimento de seus direitos, sendo contemporâneo e estando relacionado à criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e à emergência dos Estados de Bem-Estar Social.
Após longos anos de lutar incansáveis (no site da ANPUH há um dossiê sobre esse tortuoso processo) e da elaboração de nove Projetos de Leis tramitados na Câmara dos Deputados Federais sem sucesso, no dia 10 de março de 2010, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) aprovou o PLS 368/09, projeto de lei que regulamenta a profissão do historiador, cujo autor proponente é o senador Paulo Paim (PT-RS). O texto foi votado em decisão terminativa e se encontra na ordem do dia de apreciação e votação na Câmara dos Deputados Federais.
Cabe a nos professores-historiadores lutar pelo reconhecimento e regulamentação do nosso oficio.


Autoria Desconhecida.

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